WILSON NETO

WILSON NETO
Dr. WILSON NETO - Fisioterapeuta Acupunturista Neurofeedback - doutorneto.blogspot.com

Semiologia do Sistema Linfático

Exame físico primordial de rotina dos gânglios linfáticos superficiais
§  Occipital;
§  Cervical (anterior e posterior);
§  Retroauriculares;
§  Submandibulares;
§  Supraclaviculares;
§  Axilares;
§  Epitrocleares;
§  Inguinais;
§  Poplíteos;
§  Femorais.

A localização tem grande importância para verificar se a tumoração corresponde realmente a um gânglio linfático para determinar a avaliação da cor, estado e temperatura da pele que recobrem os gânglios e servir de reconhecimento dos processos inflamatórios supurativos. A hiperemia da pele e a tumefação quente são próprias das adenites agudas supurativas. As adenites crônicas que levam à supuração, como as tuberculosas, a pele fica brilhante e delgada, demonstrando uma alteração trófica local. Nas adenites agudas a presença de sinais inflamatórios (tumefação, dor, rubor, calor) será apreciada sempre que os gânglios sejam superficiais.
A simples hipertrofia ganglionar não produz calor. Quando os gânglios ficam dolorosos significa que há periadenite aguda ou que a distensão ganglionar foi muito rápida, como a adenite aguda, ou seja, há comprometimento da cápsula do linfonodo. Nas viroses (mononucleose infecciosa, viroses exantemáticas) e nos processos parasitários (histoplasmose, toxoplasmose), a adenopatia é indolor ou ligeiramente dolorosa. O mesmo se dá na leucemia e no linfoma. Na adenopatia metastásica, são duros e indolores, ocorrendo o mesmo nos processos infecciosos crônicos. Na apreciação semiológica, há que considerar a dor espontânea e a induzida pela pressão.
A consistência do gânglio linfático é variável nos diferentes processos. Quando há supuração, o gânglio fica amolecido e se torna flutuante. Nas adenites, os gânglios têm consistência firme, aumentada, mas nos estados supurativos, a consistência é mole, às vezes flutuante, e nos quadros crônicos, é elástica. Nas leucemias, no início, a consistência ganglionar é normal ou mais mole, mas uma vez desenvolvido o tecido granuloso, torna-se duro e menor. A mobilidade deve ser estudada quanto à pele, aos planos profundos e aos gânglios entre si.
A comprovação de batimento em uma tumoração significa não se tratar de um gânglio, mas de um aneurisma. Nas adenites agudas, o paciente pode perceber uma sensação de batimento, devido à dilatação vascular que acontece em quase tosos os processos inflamatórios. Quanto ao tamanho, o aumento pode ser discreto ou evidente, sendo comparada a azeitona, limão, laranja, uva entre outros.
Na infância a semiologia das infecções gerais (viroses, por exemplo), acarretam aumento dos gânglios cervicais, axilares, etc. Ao passo que as neoplasias geralmente determinam adenopatia regional. Nas condições normais, os gânglios se encontram separados, podendo ser contados, se palpáveis. Quando o processo patológico se localiza na cápsula ganglionar, os linfonodos atingidos se unem firmemente por fibrose inflamatória ou neoplásica. Esta aderência indica, desde logo, que o processo vem evoluindo há algum tempo. Em geral, nas infecções agudas febris os gânglios aumentam de volume, são duros e coalescentes (adere com facilidade).
Gânglio imóvel, fixo, por estar aderente à pele ou aos planos profundos, indica processo inflamatório ou neoplásico de evolução adiantada, principalmente quando aderido com facilidade. Nos linfomas, na tuberculose ganglionar, nas metástases carcinomatosas, os gânglios são fixos, coalescentes e assimétricos.