Matéria: "Dr Google é o preferido de 83% dos brasileiros"

Ela não atende em consultório e seu nome também não aparece em nenhum guia de rede diferenciada de plano de saúde. Mas está disponível 24 horas por dia, sete dias da semana. Estamos falando do "Dr. Google", que a cada dia ganha novos pacientes buscando por mais do que simples informações sobre uma doença. Procuram, também, por diagnósticos e receituários.
E assim, em tempos de internet acessível a um número cada vez maior de brasileiros, aquele velho ditado popular, "de médico e louco cada um tem um pouco", passa a ter ainda mais força. Principalmente quando nossa pesquisa revela que 83% dos respondentes tem a web como uma importante fonte de informação sobre a saúde.
Entretanto, na mesma velocidade com que a internet entrega respostas, esses pacientes virtuais esquecem que o Dr. Google é apenas uma fonte de informação, não substituindo a consulta com um profissional especializado. O autodiagnóstico pode levar a pessoa a tomar atitudes prejudiciais a saúde, como a automedicação.
Provavelmente, ninguém deixará de usar a internet para tirar suas dúvidas sobre saúde. Por isso, alertamos para a escolha dos sites que serão usados na pesquisa. O ideal é que ela seja feita em locais confiáveis, como na página do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, das sociedades brasileiras (ou mesmo internacionais) das especialidades do profissional.
Porém, mesmo que a fonte seja confiável, devemos sempre lembrar que cada pessoa é um caso específico e que as informações fornecidas pelos sites são genéricas. Por isso, o profissional de saúde nunca deve ser substituído pela internet.
Do nosso ponto de vista, não há mal algum em pesquisar na web , desde que você diga ao profissional o que encontrou e questione se aquela informação se aplica ou não ao seu caso. Lembre-se de que no consultório o tratamento é individualizado, considerando seu histórico de saúde, o da sua família, além da análise de exames. E, para nós, não há profissional melhor do que aquele que você pode conversar frente a frente.

Matéria da Revista Proteste Saúde  -  nº 24 - outubro/2013